apresentação
Circulação, viagens e redes do pensamento geográfico


Gonzalo Lus Bietti

Universidad de Buenos Aires, Facultad de Filosofía y Letras, Instituto de Geografía “Romualdo Ardissone”. Buenos Aires, Argentina.
ORCID 0000-0001-6527-0878

María Rita Maldonado

Universidad Nacional de Córdoba, Centro de Investigaciones de la Facultad de Filosofía y Humanidades; Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Córdoba, Argentina.
ORCID 0000-0002-6027-3014

Paulo Roberto de Albuquerque Bomfim

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Brasil.
ORCID 0000-0001-7120-0710

Recibido: 3 de mayo de 2024. Aceptado: 3 de junio de 2024.

Até a década de 1980, os enfoques que se ocupavam de conhecer a história da Geografia se caracterizavam por sustentar uma visão internalista, levando à construção de uma narrativa “de dentro” do estado da ciência, na qual se resgatavam personalidades e feitos passados, numa perspectiva autocelebratória. Ou se elaboravam diagnósticos, estudos bibliométricos e/ou balanços de gestão institucional de cunho quantitativo. A partir de então, em diversos âmbitos acadêmicos começou a ganhar corpo uma perspectiva de entender a história da Ciência em geral, e a da Geografia em particular, que, pelo contrário, propõe abordar a relação entre os contextos histórico-sociais e a produção de conhecimentos.

De fato, sob esse enfoque historiográfico, têm proliferado nos últimos quarenta anos estudos preocupados em indagar as condições materiais, sociais, culturais e/ou políticas da elaboração de conhecimentos geográficos (Berdoulay, 1981; Stoddart, 1981; Capel, 1981; Peet, 1985; Driver, 1992; Escolar, 1991; Domosh, 1991; Livingstone, 1992; Godlewska, e Smith, 1994; Whiters, 2001; Heffernan, 2003). Trabalhos sob essas perspectivas começaram a se desenvolver na América Latina desde a década de 1990, visando a entender a vinculação entre o desenvolvimento do conhecimento geográfico e duas instituições com os processos de formação territorial dos Estados-Nação, e com a construção de sentimentos de identidade e pertencimento baseados em diferentes variações do nacionalismo territorial (Moraes, 1991, 1993; Reboratti, Escolar e Quintero Palacios, 1994; Quintero Palacios, 1995, 2002; Ajón, 1995; Escolar, 1996; Zusman, 1996, 1997a, 1997b, 2001; Domínguez Ossa, 2000; Ccente Pineda e La Torre Ruiz, 2003; Nunes Pereira, 2005; Bomfim, 2007; Moreira, 2011). Tratava-se, pois, de compreender de que maneira os Estados-Nação requeriam instituições e conhecimentos geográficos para se legitimarem e como esse papel colaborou, por sua vez, com a institucionalização da Geografia como um campo de conhecimentos científicos autônomo.

Mais recentemente, cabe destacar o surgimento de preocupações em conhecer as características gerais e específicas das práticas científicas, assim como a influência de viagens, de circulação de ideias e de intelectuais, e de circulações materiais na construção e difusão de conhecimentos (Berdoulay e Gómez Mendoza, 1998; Berdoulay e Mendoza Vargas, 2003; Livingstone, 2003; Meusburger, Livingstone e Jöns, 2010; Agnew e Livingstone, 2011; Ferretti, 2018a, 2018b, 2019a, 2020a, 2020b, 2021a, 2021b, 2021c, 2022b, 2023; Paiva e Oliveira, 2020; Schelhaas, et al., 2020, Craggs e Neate, 2019; Faria e Mollett, 2020; Bruinsma, 2020; Domosh, Heffernan e Withers, 2021; Chapman, 2022, Davies, 2023). Neste sentido, atenta-se para o fato de que o conhecimento não é estático nem estável, mas que, em sua prática de produção, viaja e circula e, nesse movimento, modifica-se e se transforma. Destaca-se nesse sentido um interesse crescente em identificar tanto as marcas singulares que os lugares imprimem sobre o conhecimento geográfico quanto os espaços onde tal conhecimento é produzido, por onde se move e circula. Na América Latina, essa linha tem ganhado vigor de maneira crescente por meio de estudos focados na circulação e hibridização de ideias, na construção de espaços de produção de conhecimentos para além das fronteiras do Estado-nação e nos discursos, narrativas, imagens e outros elementos que permitem ampliar as histórias da Geografia centradas na correlação Estado, Nação e Território (Cicalese, 2007, 2009, 2014; Reyes Novaes, 2011, 2015; Lois, 2012, 2014; Zusman, 2012, 2015a, 2015b; Lois e Hollman, 2013; Pedrosa, 2013, 2015, 2018; Montes, 2014, Nunes Pereira e Bomfim, 2014; Verdi, 2016; Bruschi e Cuttinella, 2016; Da Costa Gomes, 2017; Pesce, 2017; Mazzitelli Mastricchio, 2017; Cicalese e Pereyra, 2018; Ferretti e Pedrosa, 2018; D’Assunção dos Santos, 2019; Ramirez Palacios, 2019; Ribeiro et al., 2020; Ribeiro, 2021; De Souza Haracenko, 2021; Nunes Pereira, 2022; Ibarra-García e Telledos-Sanchez, 2022; Alves de Lira, 2022).

Por outro lado, conceitos-chave para o campo da história social da Geografia, como o de tradição geográfica (Livingstone, 1992), têm sido (re)discutidos, com o objetivo de desenvolver uma historiografia inclusiva, graças a perspectivas decoloniais, feministas, étnicas e raciais, e uso e acesso a línguas não hegemônicas (Craggs, 2019; Ferretti, 2019a, 2019b, 2020c, 2021c, 2022a; Maddrell, 2019; Livingstone, 2019; van Meerteren, 2019; Ferretti e Barrera de la Torre, 2023; Daniel, 2023). Esse deslocamento implica formas mais amplas de definir o que se entende por Geografia, transcendendo os muros das instituições acadêmicas para contemplar práticas de diversos indivíduos e coletivos sociais em diferentes âmbitos e, com isso, sublinhando a necessidade de considerar outras fontes, registros e linguagens para seu estudo.

No âmbito dessas publicações, e especificamente no contexto latino-americano, cabe destacar o papel que a Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica tem desempenhado, em particular, por meio da revista Terra Brasilis. Criada no ano 2000 e relançada em 2012, com publicações ininterruptas, essa revista se consolidou como um canal chave e prestigiado de produção e difusão em geografia. “História da Geografia e Geografia Histórica” (2012), “Historiografia da história da geografia” (2013), “História da cartografia e cartografia histórica” (2015), “Circulação das ideias e história dos saberes geográficos” (2015), “Trajetórias de Geógraf@s” (2018), “Políticas e geopolíticas de tradução” (2021), “Geografias do Além” (2022), “Theodoro Sampaio, a geografia e o Brasil” (2023) são alguns dos títulos das edições que a Terra Brasilis tem publicado nos últimos anos. De forma complementar, também se destacam alguns dossiês produzidos na Argentina durante o ano de 2023, como “La narración histórica del territorio y del saber geográfico” divulgado pelo Boletín de Estudios Geográficos n°120 (revista do Instituto de Geografía “Martín Pérez” da Universidad Nacional de Cuyo), e “Geografías, género y diversidades” publicado pela revista Punto Sur, n°8 Embora este último esteja centrado em um campo emergente específico, as coordenadoras Carolina Ricci e Mariana Lamego enfatizam um posicionamento na história social e, a partir daí, a preocupação com a construção do saber geográfico na região da América Latina sob uma perspectiva de gênero e feminista. Finalmente, pode-se acrescentar que a Revista Contexto Geográfico, editada pelo Instituto de Geografia, Desenvolvimento e Meio Ambiente, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Alagoas, Brasil, no início deste ano de 2024, abriu a convocatória para organizar uma edição especial dedicada a essa temática.

A esse respeito, é relevante enfatizar que este último dossiê mencionado, assim como aquele lançado pelo Boletim de Estudos Geográficos, surge de uma série de eventos que vêm ocorrendo desde 2019, especificamente em torno do campo da história da Geografia na América Latina. De fato, trata-se das “Jornadas de trabalho sobre Investigações recentes em Geografia Histórica e História da Geografia” que, em 2021, no âmbito do XVIII Encontro de Geografias da América Latina, deram origem à criação da Rede de Investigações Históricas em Geografia (RIHG). Assim, a partir da articulação entre diversxs geógrafxs da Argentina, Brasil, Chile, México e Uruguai, principalmente, têm sido construídos espaços de interação, reflexão, produção e difusão de conhecimentos em termos transnacionais. Depois de serem organizadas em Buenos Aires (2019), Córdoba (2019), Mendoza (2021), Mar del Plata (2022) e Montevidéu (2023), as VI Jornadas ocorrerão em São Paulo, Brasil, no final de agosto de 2024.

Dessa forma, por meio de publicações, eventos e encontros que favorecem a circulação de ideias, materiais, pesquisadores e docentes, tem-se destacado a relevância e a vigência de um campo de estudos entendido como necessário não só para conhecer, (re)pensar e continuar (re)escrevendo o passado da disciplina através de uma multiplicidade cada vez maior de histórias, mas também para, a partir de reflexões epistemológicas, teóricas e metodológicas, tensionar as geografias do presente e forjar geografias futuras que sejam afins a diferentes projetos emancipatórios, com o objetivo de enfrentar processos cada vez mais profundos de (in)justiças sociais, ambientais e, essencialmente, espaciais.

Sob essa perspectiva, o presente dossiê procura contribuir para a abertura do campo da história da Geografia, ao abrigar trabalhos preocupados com a circulação e a viagem das ideias (como teorias, categorias ou metodologias), pessoas (intelectuais, militantes ou não acadêmicxs) e materiais (como livros, revistas ou traduções), incluindo sua recepção em diferentes âmbitos e línguas, e os vínculos e/ou redes de intercâmbios ou afinidades que transgridam os limites dos Estados-Nação. Dessa maneira, buscou-se reunir estudos que recuperassem e construíssem histórias da Geografia, prestando atenção à circulação e ao diálogo em múltiplas direções (Sul-Sul; Sul-Norte ou Norte-Sul) com leituras próprias e contra-hegemônicas; assim como à condição dos sujeitxs implicadxs (envolvendo geografias feministas, anarquistas, negras, geógrafxs e não geógrafxs, sujeitxs, mulheres e dissidências sexuais e/ou intelectuais) e como esses são recuperadxs, traduzidxs e revalorizadxs.

Portanto, os artigos aqui incluídos refletem o espírito da convocatória, indo adiante, ao propor novos sentidos e horizontes geográficos. Por um lado, destacam-se três trabalhos que refletem sobre diferentes processos de circulação, recepção e construção de conhecimentos que, embora tenham uma localização específica, como Brasil e Argentina, implicam um desenvolvimento que extravasa suas fronteiras. Por outro lado, são relevantes outros três trabalhos que, tensionando ideias ou conceitos importantes para a Geografia, como produção da natureza, tradição geográfica e paisagem, desenvolvidos originalmente em contextos europeus, avançam com propostas ou formulações teórico-metodológicas que incorporam, numa chave decolonial, perspectivas, posicionamentos e cosmovisões alternativas situadas em outros espaços-tempos. O presente dossiê se compõe, pois, dos seguintes escritos.

Em primeiro lugar, a recepção e o uso das teorias dos polos de desenvolvimento durante a ditadura militar no Brasil são investigados por Breno Viotto Pedrosa em Polos de desenvolvimento e polarização na Revista Brasileira de Geografia do IBGE. Na década de 1960, Michel Rochefort exerceu grande influência no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), promovendo uma interpretação que combinava Geografia urbana, econômica e industrial. Com a ascensão de Speridião Faissol, no início da década seguinte, houve uma transição para metodologias e teorias mais ligadas à Geografia quantitativa anglo-saxã, sem romper completamente com os enfoques anteriores. Assim, Pedrosa analisa a influência de geógrafos como Pedro Geiger e Speridião Faissol, que desempenharam papéis importantes na modulação da recepção intelectual sobre polarização no Brasil, destacando a presença de figuras internacionais, como Peter Haggett e John Friedmann, e suas contribuições para o IBGE. Demonstrando como a planejamento oficial estava próxima à Geografia, o artigo detalha os estudos para o Plano Decenal, o qual implicou a regionalização do Brasil em regiões homogêneas e polarizadas; plano que buscava uma estratégia para superar o subdesenvolvimento por meio de uma melhor organização espacial e da polarização industrial. Além disso, analisam-se as mudanças metodológicas e teóricas dentro do IBGE, mostrando uma transição gradual para a Geografia quantitativa, movimento que teve como objetivo alinhar o IBGE às práticas internacionais de planejamento regional e desenvolvimento econômico.

Em segundo lugar, Gabriela Cecchetto e Santiago Llorens propõem recuperar, em seu artigo Disputas sobre la legitimación de la geografía. Un análisis desde las redes y circulación de Oskar Schmieder en la Universidad Nacional de Córdoba (Argentina) (1919-1925), a trajetória desse geógrafo alemão, situando-a no contexto local de disputas em torno do ensino universitário das ciências, em particular, da Geografia na UNC e no contexto mais amplo de conformação de espaços científicos transnacionais. Assim, a trajetória acadêmica de Schmieder evidencia as estratégias, redes e traduções que precisou empregar para se inserir na academia cordobesa, atendendo às necessidades empíricas, teóricas e políticas do contexto. Nesse marco, os autores destacam as capacidades do geógrafo para se adaptar às demandas de um docente e pesquisador que ensinasse uma Geografia vinculada à tradição naturalista, apesar de sua ampla formação em Geografia humana. Além disso, as vinculações com outros cientistas alemães instalados em Córdoba e com o movimento estudantil reformista também serão de importância central para explicar sua passagem por esta instituição de ensino. Esses aspectos são analisados e relacionados pelos autores visando a contribuir para uma investigação mais ampla sobre o processo de institucionalização da Geografia em Córdoba.

Em terceiro lugar, o trabalho realizado por Diego Bombal e Gonzalo Lus Bietti em El Programa de Historia Social de la Geografía (Buenos Aires) y la Unidad de Investigación (Mendoza): Una experiencia original de circulación de ideas entre geografías de Argentina traz à tona uma história que, situada no calor do processo de restauração democrática, mostra um diálogo inédito e um processo de colaboração intelectual entre geógrafos e geógrafas provenientes dos cursos de Geografia da Universidade de Buenos Aires e da Universidade Nacional de Cuyo. De fato, por meio do Programa de História Social da Geografia e seu apêndice, a Unidade de Pesquisa Mendoza, situados no Instituto de Geografia da Universidade de Buenos Aires (primeira expressão institucional do trabalho em história social da Geografia na Argentina), constata-se a construção de espaços e pontes de produção de conhecimento em dois níveis: por uma parte, transnacionais, destacando a relação chave entre geógrafos e geógrafas da Universidade de Buenos Aires e da Universidade de São Paulo para consolidar o tom crítico da Geografia portenha e, a partir daí, dar origem ao Programa; e por outra parte, intrarregionais, entre Buenos Aires e Mendoza, que habilitaram a criação da Unidade e a demonstração empírica dos eixos chave do Programa. Nesse sentido, a experiência da Unidade de Pesquisa Mendoza, como resultado do Programa de História Social da Geografia, permite refletir sobre a importância de reconhecer e levar em consideração os vínculos ou, mais precisamente, as redes em torno das quais se geram processos de produção, circulação, difusão e recepção de conhecimentos.

Em quarto lugar, João Alves de Sousa Neto e Larissa Zuque Mosage procuram construir, em Ailton Krenak, uma perspectiva crítica da produção da natureza? Pensando a Geografia a partir da obra Futuro Ancestral (2022), uma perspectiva inovadora sobre a história da Geografia, em particular, sobre o lugar que nela tem ocupado a ideia de produção da natureza. Para isso, além das contribuições de Krenak em seu recente livro, recuperam as perspectivas de Neil Smith (2020, 2021), Antonio Carlos Robert Moraes (2000, 2004) e Eduardo Viveiros de Castro (2011). Eles são motivados a entabular diálogos teóricos a partir da ideia de que a história da Geografia não pode ser pensada unicamente ligada ao passado da disciplina e como uma sucessão linear de tradições e discussões internas ao campo, mas sim, sendo urgente encontrar caminhos possíveis para um futuro no qual se articulem diferentes temporalidades e objetos possíveis. Nesse contexto, os autores põem em diálogo a ideia de produção da natureza — que já reconhece que esta não é um dado estático, mas um produto de interações históricas — com a de comunhão multinaturalista, com o perspectivismo ameríndio e com outras concepções do tempo enquanto cíclico e ancestral. Estabelecer essas pontes entre o pensamento do líder indígena e a história da Geografia implica uma grande contribuição, na medida em que consideram que a disciplina também tem um papel chave na luta contra a lógica ambiental destrutiva que está imperando e os discursos que a sustentam.

Em quinto lugar, em “O rio é a origem de todas as coisas”: o movimento das águas como elemento edificador da região amazônica segundo Hilgard O’Reilly Sternberg (1917-2011), Alan Daniel de Brito Mello discute a mobilização da categoria paisagem na obra de Hilgard O’Reilly Sternberg, nome de destaque na geografia brasileira na década de 1950. Nascido no Rio de Janeiro e falecido na Califórnia, Sternberg teve uma carreira acadêmica que incluiu ensino e pesquisa na Universidade do Brasil (atual UFRJ), Instituto Rio Branco, Universidade de Heidelberg, Columbia, Beijing e Universidade de Berkeley. Mello destaca os fundamentos epistemológicos mobilizados por Sternberg na construção da paisagem cultural, natural e humana da Amazônia, de marcante influência de Carl Sauer e Pierre Gourou. Também se analisa a relevância da água na transformação da paisagem amazônica, a distinção entre várzeas e terras firmes, e como essas áreas influenciam a ocupação humana, mencionando-se a importância de registros históricos e cartográficos na pesquisa de Sternberg, bem como a aplicação de métodos como a datação por radiocarbono. O artigo sugere novos caminhos de pesquisa, incluindo o impacto da produção científica de Sternberg e suas críticas às políticas de desenvolvimento na Amazônia, salientando, ao final, a relevância da água na formação da Região Amazônica como um critério para a regionalização do Norte do Brasil.

Finalmente, conclui-se o dossiê com uma tradução do artigo de Federico Ferretti (2019), Rediscovering others geographical traditions / Redescubrir otras tradiciones geográficas, realizada por Mônica Farias e Gonzalo Lus Bietti, acompanhada pelo escrito de Esteban Salizzi, Por más diálogos y debates geográficos. Trata-se de um convite para ampliar os horizontes da ideia de tradição geográfica a partir da incorporação de formas de conhecimento geográfico que foram ignoradas, marginalizadas ou subestimadas pelos cânones dominantes da disciplina, seja pela posição de seus autores (dissidentes políticos, mulheres, não acadêmicos, não brancos ou pessoas não ocidentais), seja pelos lugares e contextos em que esses trabalhos foram produzidos e difundidos (idiomas academicamente não dominantes, localizações periféricas, produtos não acadêmicos como publicações militantes ou obras que carecem da etiqueta explícita de “geografia”). Particularmente, destaca-se o valor da tradução para (re)pensar o lugar da América Latina na tradição geográfica, os vínculos sul-sul, sul-norte e norte-sul, abrindo novas conversas e debates histórica e geograficamente situados.

Esperamos e desejamos que xs leitorxs deste número de Punto Sur, possam encontrar diversos elementos para valorizar a importância da história da Geografia e, com ela ou junto a ela, fomentar novas linhas de indagação que considerem a relevância da disciplina nas problemáticas sociais do passado e do presente. Em última instância, pleiteamos que, a partir das histórias que aqui puderam ser contadas, surjam outras, (re)elaboradas, (re)lidas e (re)interrogadas, por meio de diferentes olhares ou pontos de vista, sejam disciplinares ou não. A rigor, tentamos (e seguimos tentando) plantar sementes para a (re)construção de histórias múltiplas para serem contadas, disputadas, confrontadas, ensinadas e aprendidas.

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Gonzalo Ezequiel Lus Bietti/ g.lus@hotmail.com

Licenciado e doutorando em Geografia pela Universidad de Buenos Aires, pesquisador em formação no projeto de pesquisa “Ruralidades, Ambiente y Cultura” e integrante do Grupo de Estudos “Cultura, Naturaleza y Territorio”, com sede no Instituto de Geografía “Romualdo Ardissone”. Também é membro da Rede de Pesquisas Históricas em Geografia (RIHG). Trabalha em temas afins à historia social da Geografia e epistemologia da Geografia. Atualmente, está realizando sua tese doutoral voltada para trajetórias institucionais e epistemológicas da Geografia na Universidad de Buenos Aires e na Universidad Nacional de Cuyo entre 1983 e 2001.

María Rita Maldonado/ rita.maldonado@unc.edu.ar

Professora e Licenciada em História. Especialista em Ensino de Ciências Sociais com menção em Geografia pela Universidad Nacional de Córdoba. Doutoranda em Geografia na Universidad Nacional de Buenos Aires. Bolsista do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas. Integrante do Grupo de Estudos ‘Cultura, Naturaleza y Territorio’. Suas linhas de investigação são: ensino de geografia, cultura visual, história social da Geografia.

Paulo Roberto de Albuquerque Bomfim /
paulobomfim@gmail.com

Professor Titular em Geografia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP), com pós-doutorado realizado na Faculdade de Filosofia da Universidade de Buenos Aires e em andamento no Programa de Pós-Graduação em Agriculturas Amazônicas da Universidade Federal do Pará (UFPA). Suas linhas de pesquisa incluem: história do geografia institucional, história das narrativas de viajantes, geografia política e planejamento.