Candombe afro-uruguaio: análise etnográfica sobre família, sociabilidade e território no bairro de La Teja, Montevidéu

  • Raquel Dias Teixeira Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP/IPHAN)

Resumen

O artigo presente contribui para o debate das ciências sociais no cruzamento com a literatura sobre família, práticas sociais e populações afro-latino-americanas em contextos urbanos. A partir do trabalho etnográfico realizado entre 2016 e 2018, busco analisar os processos de sociabilidade e de territorialidade que perpassam a história de uma família afro-uruguaia radicada em La Teja, zona oeste de Montevidéu, e seu vínculo com o candombe, desde o princípio do século XX. Examino de que modo a comparsa Cenceribó, da qual essa rede de parentesco constitui seu alicerce, é gerida a partir das relações de reciprocidade formadas por numerosos laços parentais, amicais e vicinais. Exploro, para isso, os dispositivos centralizados pela movida candombera no transcorrer dos toques barriais, junto aos termos afetivos/territoriais relativos a determinados espaços da vizinhança (casas, clubes, quadras e esquinas), bem como a mobilização de sua base de apoio.

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Publicado
2022-09-19
Cómo citar
Dias Teixeira, R. (2022). Candombe afro-uruguaio: análise etnográfica sobre família, sociabilidade e território no bairro de La Teja, Montevidéu. Punto Sur, (6). https://doi.org/10.34096/ps.n6.11332