Reparar (n)o lugar através do cinema: como fazer do lugar-escola uma floresta?

  • Wenceslao Oliveira Unicamp
Palabras clave: LUGAR. ESCOLA. CINEMA. FLORESTA. NÃO HUMANO.

Resumen

Em um exercício de articulação de meu percurso de pesquisador da docência nos últimos anos, trago aqui três gestos docentes: perguntar, experimentar, reparar. Um quarto gesto seria o de escrever. Nele (me) faço duas perguntas: 1. Que potência teriam as experimentações com cinema no lugar-escola para inventar um outro tipo de atenção que permita reparar (n)o lugar? Reparar no que está à nossa volta, parar para olhar, estar atento às conexões e alianças entre humanos e não humanos na busca de fazer a reparação do que esteve rompido em nossa atenção ao lugar. 2. Que potência teria o “conceito” de floresta, um mundo todo vivo, conforme aparece nas palavras de pensadores indígenas, para pensar os afetos cinematográficos do lugar-escola? Articulando a floresta aos conceitos de lugar, de Doreen Massey, e de áreas de estar, de Fernand Deligny, busco apontar como a pedagogia dos dispositivos proposta pelo cineasta Cezar Migliorin atua na ativação da vida/vivacidade de trajetórias/presenças não humanas no lugar na medida mesma que rompe com os modos habituais das crianças e docentes realizarem filmagens, exige que se repare no entorno e possibilita a criação de imagens inesperadas que, talvez, reparem outras conexões e alianças entre humanos e não humanos.

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Citas

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AUTOR. retirado para la evaluación del artículo.
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Publicado
2023-11-29
Cómo citar
Oliveira, W. (2023). Reparar (n)o lugar através do cinema: como fazer do lugar-escola uma floresta?. Punto Sur, (9), 94-114. https://doi.org/10.34096/ps.n9.12646
Sección
Dossier 9. Geografía, alterpolítica y materialismo posthumano