Imagens de corpos celestes e a arte dos emblemas na decoração de espaços jesuíticos da Amazônia à Argentina

  • Renata Maria de Almeida Martins

Resumen

Sabemos que a representação de corpos astrais teve muita fortuna na iconografia da arte latino-americana. Nas missões jesuíticas da América Portuguesa, o sol, a lua e as estrelas, em diferentes programas iconográficos, estão representados, por exemplo, na decoração pictórica com emblemas dos tetos das sacristias das igrejas dos colégios de Belém e de Vigia no Pará (século XVIII), como também nos retábulos pintados da capela de São Miguel em São Paulo (século XVII). Já em São Luís do Maranhão, também o sol, a lua e as estrelas, juntamente com outros emblemas marianos, decoram os arcos do retábulo da antiga igreja jesuítica de Nossa Senhora da Luz (século XVII). Na Argentina, emblemas esculpidos em madeira policromada, retirados do L’ Imago Primi Saeculis, livro editado na Antuérpia em comemoração ao primeiro centenário da Companhia de Jesus (1640), adornam as paredes da nave e a capela doméstica da igreja de Córdoba (século XVII). Houve assim migrações de símbolos e de imagens, atravessando oceanos, através dos livros ilustrados e da cultura de tradição emblemática. Importa, então, analisar como tais elementos, pintados e esculpidos por outras mãos, com outras técnicas e materiais, foram reinterpretados, reelaborados, para na Amazônia portuguesa ou em Córdoba na Argentina decorarem de céu enluarado, estrelado e ensolarado, as igrejas da Companhia.

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Publicado
2018-11-10
Cómo citar
de Almeida Martins, R. M. (2018). Imagens de corpos celestes e a arte dos emblemas na decoração de espaços jesuíticos da Amazônia à Argentina. Estudios E Investigaciones, 13, 40-49. Recuperado a partir de http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/payro/article/view/10483
Sección
Artículos