O matriarcado africano na diáspora brasileira e suas contribuições para interpretação do espaço urbano
Palavras-chave:
diáspora, matriarcado, espaço urbano, memória
Resumo
Entendendo que o processo de colonização intensificou não só o racismo, mas também práticas patriarcais como elemento estruturante das sociedades modernas, o sentido (significado e direção) que a diferenciação e hierarquização de gênero feita pelas populações europeias desencadeou no fortalecimento do patriarcado exercido como dominação. Entretanto, as diferentes formas de matriarcado existentes e praticadas no continente africano foram recriadas na diáspora brasileira através de relações econômicas, políticas, culturais e religiosas a partir de ações comunitárias agenciadas por mulheres pretas. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é trazer os valores Afro-civilizatórios sintetizados por Azoilda Loretto da Trindade somados a elementos básicos do pensamento afrocentrado de Cheikh Anta Diop, Molefi Kete Asante, Ama Mazama e Marimba Ani e do matriarcado africano sob a ótica de Ifi Amadiume e Oyèrónké Oyewùmí para compreendermos a centralidade, não homogênea, da figura feminina no continente africano e como essa forma de ser, estar, agir e pensar no mundo está ainda hoje inscrita nas paisagens urbanas brasileiras. Para isso se faz necessário despir-se de preconceitos normalizados dentro das ciências modernas e compreender a relevância das diferentes formas pelas quais as mulheres, usaram, se apropriaram do espaço urbano e forjaram cidades ao longo dos séculos XVIII, XIX e XX.Downloads
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Referências
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Publicado
2023-06-30
Como Citar
Antunes Ferreira, S. (2023). O matriarcado africano na diáspora brasileira e suas contribuições para interpretação do espaço urbano. Punto Sur, (8), 102-113. https://doi.org/10.34096/ps.n8.11626
Seção
Dossier