Mistérios do corpo materno em Aracoeli (1982) de Elsa Morante e Um amor incômodo (1992) de Elena Ferrante
Resumen
Em 1982, Elsa Morante publicava a sua última obra, Aracoeli. Dez anos depois,Elena Ferrante, pseudônimo da escritora italiana que assumidamente se inspira emMorante, estreava com seu primeiro livro Um amor incômodo. Por meio da literaturacomparada é possível aproximarmos essas duas obras e analisarmos como o corpomaterno e os seus mistérios, situados em um espaço cultural e social, afetam aformação da subjetividade de Manuel e Delia. A língua da mãe (espanhol ou dialeto)é representada como a língua repulsiva, que não pode ser utilizada sob perigo deexpor as origens. Para Delia, havia uma linha intransponível quando falava deAmalia, revelando o suspense e o desejo de suplantar essa demarcação;semelhante impasse acontecia com Manuel que, atormentado pela imprevisibilidadedas ações, não conseguia acompanhar as metamorfoses que se operavam emAracoeli. Nosso objetivo é, portanto, analisar como a linguagem dessas autoras criauma tensão em torno do corpo materno e de que forma as construções atribuídas aofeminino impactam na subjetividade dos amálgamas Aracoeli-Manuel e Amalia-Delia. Para melhor entendimento, utilizamos as discussões de Luce Irigaray,Adrienne Rich, Sigmund Freud, Elisabeth Badinter, Olga Tokarczuk, VladimirNabokov e David Le Breton.Descargas
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Publicado
2024-12-13
Cómo citar
Soares Silva, E. R. (2024). Mistérios do corpo materno em Aracoeli (1982) de Elsa Morante e Um amor incômodo (1992) de Elena Ferrante. Inter Litteras, (6). https://doi.org/10.34096/interlitteras.n6.16447
Número
Sección
Dossier “Elena Ferrante un fenómeno literario global del siglo XXI”