Ações de protesto do campo Argentino e brasileiro desde a perspectiva de gênero
Resumo
Diante da expansão agressiva dos projetos de exploração capitalista nos territórios da América Latina, os movimentos rurais organizados estão resistindo por meio de diversas práticas ligadas à soberania territorial e alimentar. Em muitos casos, essas resistências são lideradas por mulheres, lésbicas, travestis, pessoas trans e não binárias. Com foco na luta pela terra e no reconhecimento efetivo dos direitos à terra, eles se opõem ao aprofundamento das desigualdades causadas pelo extrativismo, que, como denunciam, baseia-se na violência de classe, étnico-racial e patriarcal. Organizados, eles exigem a defesa da vida por meio de diversas práticas associadas à produção de alimentos e à transformação das relações socioecológicas e rurais-urbanas. Nesse contexto, propomos compreender a produção de território(s) por meio do mapeamento e da análise de ações de protesto e mobilizações lideradas por mulheres ou envolvendo questões de gênero no campo da Argentina e do Brasil. Esta pesquisa é baseada em dados registrados para o ano de 2021, disponíveis no Banco de Dados de Lutas por Espaços e Territórios (DATALUTA) e no grupo de pesquisa Ruralidades e Territórios (INDES-FHCSYS/UNSE-CONICET) na Argentina, construído no âmbito do projeto de cooperação internacional “Movimentos socioterritoriais em perspectiva comparada”.Downloads
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Referências
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Publicado
2025-06-05
Como Citar
Saettone, J., Julca Gonza , L., & A. Pertuz, M. (2025). Ações de protesto do campo Argentino e brasileiro desde a perspectiva de gênero. Punto Sur, (12), 109-128. https://doi.org/10.34096/ps.n12.13015
Seção
Dossier
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