Insubmissos, trânsfugas e informantes:os desertores das guarnições hispano-portuguesas nas regiões centrais da América do Sul, c. 1750-1800

  • Francismar Alex Lopes de Carvalho Depto. de História, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Palabras clave: recrutamento militar, fortificações, Mato Grosso, Mojos e Chiquitos

Resumen

A correspondência dos comandantes dos presídios em áreas de fronteira dos impérios ibéricos com freqüência dava conta da deserção de soldados e oficiais. A ubiqüidade do fenômeno faz pertinentes questionamentos sobre as condições de trabalho que predominavam nas fortificações e as motivações dos trânsfugas. Este artigo se concentra nas últimas décadas do século XVIII, nos limites entre a capitania portuguesa de Mato Grosso e as províncias espanholas do Paraguai, Mojos e Chiquitos, espaços pontilhados por destacamentos e fortificações separados uns dos outros, com pouca distância, pelos rios Paraguai e Guaporé. Sem desconsiderar que as péssimas condições materiais eram um condicionante importante para as deserções, este artigo argumenta que a insatisfação de soldados e oficiais com a distribuição de honras e prêmios também era uma dimensão essencial do fenômeno. Os trânsfugas não raro imaginavam não terem sido correspondidos em seus serviços e esforços e resolviam negociar sua lealdade como vassalos de outro monarca.

Descargas

La descarga de datos todavía no está disponible.

Citas

Araujo, R. Malcher de (2000). A urbanização do Mato Grosso no século XVIII: discurso e método. Tese de Doutorado em História da Arte. Lisboa, Universidade Nova de Lisboa.

Archer, C. I. (1983). El ejército en el México borbónico: 1760-1810. México, Fondo de Cultura Económica.

Areces, N. R. (2007). Estado y frontera en el Paraguay: Concepción durante el gobierno del Dr. Francia. Asunción, Centro de Estudios Antropológicos de la Universidad Católica.

Bellotto, H. L. (1979). Autoridade e conflito no Brasil colonial: o governo do Morgado de Mateus em São Paulo, 1765-1775. São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura/ Conselho Estadual de Artes e Ciências Humanas.

Block, D. (1994). Mission culture on the Upper Amazon: native tradition, Jesuit enterprise, and secular policy in Moxos, 1660-1880. Lincoln, University of Nebraska Press.

Borreguero Beltrán, C. (2003). Represión e integración de prófugos y desertores en la España del siglo XVIII. Millars: espai i història 26: 111-130.

Chauca García, J. (2004). Los ‘otros’ militares: desertores en la América meridional española del siglo XVIII. Revista de historia moderna: Anales de la Universidad de Alicante 22: 321-342.

Combès, I. y V. Tyuleneva (2011). Paititi: ensayos y documentos. Cochabamba, Instituto de Misionología.

Cooney, J. (2006). “Lealtad dudosa: la lucha paraguaya por la frontera del Paraná: 1767-1777” en Whigham, T. y J. Cooney (eds.), Campo y frontera: el Paraguay al fin de la era colonial: 13-34. Asunción, Servilibro.

Costa, F. D. (2004). “Recrutamento” en Hespanha, A. M. (ed.), Nova história militar de Portugal 2: 68-93. Lisboa, Círculo dos Leitores.

Costa, F. D. (2005). Insubmissão: aversão e inconformidade sociais perante os constrangimentos do estilo militar em Portugal no século XVIII. Tese de Doutorado em Sociologia e Economia Históricas. Lisboa, Universidade Nova de Lisboa.

Elliott, J. H. (2006). Imperios del mundo Atlántico: España y Gran Bretaña en América, 1492-1830. Madrid, Taurus.

Elliott, J. H. (2010). España, Europa y el mundo de Ultramar: 1500-1800. Madrid, Taurus.

García Recio, J. M. (1988). Análisis de una sociedad de frontera: Santa Cruz de la Sierra en los siglos XVI y XVII. Sevilla, Diputación Provincial de Sevilla.

Gómez Pérez, M. C. (1992). El sistema defensivo americano: siglo XVIII. Madrid, Mapfre.

Gutiérrez, R. (1983). Evolución urbanística y arquitectónica del Paraguay: 1537-1911. Asunción, Comuneros.

Halperin Donghi, T. (1982). Guerra y finanzas en los orígenes del estado argentino (1791-1850). Buenos Aires, Belgrano.

Herzog, T. (2015). Frontiers of possession: Spain and Portugal in Europe and the Americas. Cambridge, Massachusetts/ London, Harvard University Press.

Hespanha, A. M. (1995). História de Portugal Moderno: político e institucional. Lisboa, Universidade Aberta.

Hespanha, A. M. (2009). “Por que é que foi ‘portuguesa’ a expansão portuguesa? ou O revisionismo nos trópicos” en Mello e Souza, L. de; M. F. Bicalho y J. F. Furtado (eds.), O governo dos povos: 39-62. São Paulo, Alameda.

Lopes de Carvalho, F. A. (2014). Lealdades negociadas: povos indígenas e a expansão dos impérios ibéricos nas regiões centrais da América do Sul (segunda metade do século XVIII). São Paulo, Alameda.

Marchena Fernández, J. (1982). La institución militar en Cartagena de Indias en el siglo XVIII. Sevilla, Escuela de Estudios Hispano-Americanos.

Marchena Fernández, J. (1992). Ejército y milicias en el mundo colonial americano. Madrid, Mapfre.

Marchena Fernández, J. y M. C. Gómez Pérez (1992). La vida de guarnición en las ciudades americanas de la Ilustración. Madrid, Ministerio de Defensa.

Mayo, C. A. y A. Latrubesse (1998). Terratenientes, soldados y cautivos: la frontera, 1736-1815. Buenos Aires, Biblos.

Mello, C. Figueiredo Pagano de (2009). Forças militares no Brasil colonial: Corpos de Auxiliares e de Ordenanças na segunda metade do século XVIII. Rio de Janeiro, E-Papers.

Moorhead, M. L. (1975). The Presidio: Bastion of the Spanish Borderlands. Norman, University of Oklahoma Press.

Nogueira, S. M. Silva (2004). “‘Esses miseráveis delinqüentes’: desertores no Grão-Pará setecentista” en Castro, C., H. Kraay y V. Izecksohn (eds.), Nova história militar brasileira: 87-109. Rio de Janeiro, FGV.

Peregalli, E. (1986). Recrutamento militar no Brasil colonial. Campinas, Unicamp.

Prodi, P. (1992). Il sacramento del potere: il giuramento politico nella storia costituzionale dell’Occidente. Bologna, Il Mulino.

Radding, C. (2005). Landscapes of Power and Identity: comparative histories in the Sonoran Desert and the Forests of Amazonia from Colony to Republic. Durham, Duke University Press.

Rivarola Paoli, J. B. (2005). La Real Hacienda: la fiscalidad colonial: siglos XVI al XIX. Asunción, Ediciones y Arte.

Saeger, J. S. (1981). Survival and abolition: The Eighteenth Century Paraguayan encomienda. The Americas 38 (1): 59-85.

Tomichá Charupá, R. (2002). La primera evangelización en las reducciones de Chiquitos, Bolivia (1691-1767): protagonistas y metodología misional. Cochabamba, Verbo Divino.

Tormo Sanz, L. (1963). Un ejemplo histórico del ‘mal de altura’ en la guerra de Mojos. Revista de Indias 23 (93-94): 415-452.

Velázquez, R. E. (1977). Organización militar de la Gobernación y Capitanía General del Paraguay. Estudios Paraguayos 5 (1): 25-69.

Weber, D. J. (2005). Bárbaros: Spaniards and their savages in the Age of Enlightenment. New Haven, Yale University Press.

Publicado
2017-12-01
Cómo citar
Lopes de Carvalho, F. A. (2017). Insubmissos, trânsfugas e informantes:os desertores das guarnições hispano-portuguesas nas regiões centrais da América do Sul, c. 1750-1800. Memoria Americana. Cuadernos De Etnohistoria, 25(2), 113-134. https://doi.org/10.34096/mace.v25i2.4032
Sección
Artículos Dossier