A atitude guarani diante da expulsão dos jesuítas: ritual, reciprocidade e espaço social

  • Guillermo Wilde Becario de la Universidad de Buenos Aires (UBA), Facultad de Filosofía y Letras (FFyL)
Palavras-chave: Companhia de Jesu, processo de expulsão, século XVIII, Província Jesuíta do Paraguai

Resumo

Em 1767, o Rei Carlos III decretou a expulsão dos jesuítas de todos os domínios espanhóis. Essa medida teve um impacto particular no Rio da Prata e no Paraguai, onde a Companhia de Jesus havia desenvolvido um influente movimento evangelizador, formando um sistema de 30 aldeias guaranis conhecido como a "Província Jesuíta do Paraguai". Neste artigo, analisamos o processo de expulsão dessas aldeias em suas diferentes fases, interpretando, a partir de uma perspectiva antropológica, a atitude indígena em relação à mudança de governo. Sugerimos que essa mudança foi concebida na experiência indígena como uma continuação das práticas recíprocas e dos rituais inerentes aos seus estilos de vida. Por meio de diversas encenações cerimoniais, os atores redefiniram o vínculo hispano-indígena, estabelecendo simultaneamente a distinção entre poder civil e eclesiástico. Essas novas relações tinham uma correlação espacial na qual a figura carismática do Rei era construída como o "centro".

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Publicado
2000-04-03
Como Citar
Wilde , G. (2000). A atitude guarani diante da expulsão dos jesuítas: ritual, reciprocidade e espaço social. Memoria Americana. Cuadernos De Etnohistoria, 8, 141-172. https://doi.org/10.34096/mace.v8i0.11733
Edição
Seção
Artículos