Do baile ao funk carioca: tensões e reflexões no estado da arte dos estudos sobre o funk carioca entre as décadas de 1980 a 2000
Palavras-chave:
funk carioca, baile fund, estado da arte, revisção de literatura, pesquisa exploratoria
Resumo
O presente artigo investiga as mudanças nas abordagens acadêmicas e jornalísticas sobre o funk carioca no transcurso das três primeiras décadas de produções bibliográficas sobre esse gênero musical (1980-2000). O artigo está dividido em três seções que correspondem às três décadas analisadas, o que possibilita o exame de problemas inerentes à abordagem do funk carioca como um gênero musical oriundo de uma cena musical específica, o baile funk e a proposição de sua historiografia. A metodologia de trabalho partiu de pesquisa bibliográfica exploratória em bancos de dados específicos como a Plataforma Sucupira a fim de compor a primeira fase, revisão de literatura, de pesquisa doutoral sobre os processos criativos de um conjunto de sujeitos que compuseram a primeira década de desenvolvimento do funk carioca. Os resultados deste artigo apontam para a consolidação de um campo específico de estudos acerca do funk carioca e a expansão de sua abrangência de um âmbito local (Rio de Janeiro) para um nível nacional (Brasil).Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
Amaral, Euclides (2008). Alguns aspectos da MPB. Rio de Janeiro: Edição do Autor.
Becker, Howard S (1982). Art Worlds. Berkeley University of California Press.
Burnim, Mellonee V. e Maultsby, Portia K (2015). African American Music: an introduction. Second edition: New York and London, Routledge.
Cáceres, Guillermo; Ferrari, Lucas; Palombini, Carlos (2014). A Era Lula/Tamborzão política e sonoridade. Rev. Inst. Estud. Bras., São Paulo, n. 58, p. 157-207, June 2014 . Available from. Acesso em: 11 ago. 2019. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i58p157-207.
Caetano, Mariana Gomes (2015). My pussy é o poder. Representação feminina através do funk: idenitidade, feminismo e indústria cultural. Dissertação (Mestrado em Cultura e Territorialidades) - Universidade Federal Fluminense.
Cecchetto, Fátima Regina (1997). Galeras funk carioca: o baile e a rixa. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Cymrot, Danilo (2011). A criminalização do funk sob a perspectiva da teoria crítica. Dissertação (Mestrado em Direito Penal) - Faculdade de Direito, University of São Paulo, São Paulo, 2011. doi:10.11606/D.2.2016.tde-26082016-134709. Acesso em: 2019-08-11.
Essinger, Silvio (2005). Batidão: uma história do funk. Rio de Janeiro: Ed. Record.
Facina, Adriana (2013). Quem tem medo do "proibidão"?. In: Carlos Bruce Batista. (Org.). Tamborzão: olhares sobre a criminalização do funk. 1aed.Rio de Janeiro: Revan, p. 51-71.
Facina, Adriana; Lopes, Adriana Carvalho (2012). Cidade do funk: expressões da diáspora negra nas favelas cariocas. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, v. 6, p. 193-206.
Facina, Adriana; Passos, Pâmella (2018). Funk pacificado? Reflexões sobre a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e seus impactos culturais. In: PELE, Antonio; CITTADINO, Gisele; MASBERNAT, Patricio; GASPERÍN, Rafael Modesto de. (Org.). Direitos humanos e neoliberalismo. 1ed.Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Guimarães, Maria Eloísa (1995). Escola, galeras e narcotráfico. Tese de doutorado apresentada na PUC-RJ. Rio de Janeiro.
Herschmann, MicaeI (Org.)(2000; 2 ed., 2005). O funk e o hip-hop invadem a cena. Rio de Janeiro: UFRJ.
Herschmann, MicaeI (1998). Invadindo a cena urbana nos anos 90 - Funk e Hip-Hop: globalização, violência e estilos de vida juvenis na cultura brasileira contemporânea. Tese de Doutorado no PPGCOM-UFRJ. Rio de Janeiro.
Herschmann, MicaeI (1997) Abalando os anos 90: funk e hip-hop, globalização, violência e estilo cultural. Rio de Janeiro: Rocco.
Júnior, José Davison da Silva (2012). Ensino e Aprendizagem Musical com idosos: situação do campo no Banco De Teses Da Capes. In: Anais do II SIMPOM - Simpósio Brasileiro de Pós-graduandos em Música, UNIRIO.
Laignier, Pablo Cezar (2013). Do funk fluminense ao funk nacional: o grito comunicacional de favelas e subúrbios do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - ECO/UFRJ.
Lopes, Adriana Carvalho (2010). "Funk-se quem quiser" no batidão negro da cidade carioca. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP.
Lopes, Adriana Carvalho (2008). Funk e voto: um relato sobre a arte nas fronteiras da cidadania. Revista Polêmica, v. 7, p. 152-156.
Lopes, Mariana Louback (2017). Glamourosas: funk, feminismos e direito. TCC (Monografia) de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
Macedo, Suzana (2003). DJ Marlboro na terra do funk- Bailes, bondes, galeras e MCs. Rio de Janeiro: Dantes Livraria e Editora.
Martins, Gilberto de Andrade (2000). Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas.
Moutinho, Renan Ribeiro (2020). “Bota o tambor pra tocar/geral no embalo, esse batuque é funk”: processos afrodiaspóricos de organização sonora no funk carioca. 2020. Tese (Doutorado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Miranda, Gabriela (2011). Do Funk Carioca ao Baile Funk: questões sobre world music 2.0 e funk carioca. Niterói: III Encontro de pesquisadores em comunicação e música popular.
Mizrahi, Mylene (2010). A estética funk carioca: criação e conectividade em Mr. Catra. Tese (Doutorado em Sociologia e Antropologia). IFCS/UFRJ. Rio de Janeiro.
Pedro, T. M. G (2015). Funk Brasileiro: Música, Comunicação e Cultura. Mestrado em Comunicação e Semiótica. PUC-SP, São Paulo.
Oliveira, Luciana Xavier de (2018). A cena musical da Black Rio: estilos e mediações nos bailes soul dos anos 1970. – Salvador: EDUFBA.
Palombini, Carlos (2009). Soul brasileiro e funk carioca. Opus, Goiânia, v. 15, n. 1.
Palombini, Carlos (2008). Música dançante africana norte-americana, soul brasileiro e funk carioca. Seminário Música Ciência e Tecnologia. Eca USP, São Paulo.
Paula, L (2007). O SLA Funk de Fernanda Abreu. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Araraquara.
Ribeiro, Erika Minas (2018). História Oral e História do Funk na Escola. Dissertação (Mestrado em Mestrado Profissional em Ensino de História) - Universidade Federal Fluminense.
Russano, Rodrigo (2006). “Bota o fuzil pra cantar!” O funk proibido no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Centro de Letras e Artes.
Sá, Simone (2007). “Funk carioca: música eletrônica popular brasileira?!” Trabalho submetido ao GT Mídia e Entretenimento, XVI COMPÓS, UTP, Curitiba.
Salles, Lúcia (Org.)(1996). DJ Marlboro: o funk no Brasil - por ele mesmo. Rio de Janeiro: Mauad.
Severiano, Jairo (2008). Uma história da música popular brasileira: das origens à modernidade. São Paulo: Editora 34.
Sousa, Rafael Lopes de (2009). O movimento hip hop: a anti-cordialidade da "Republica dos Manos" e a estética da violência. 236 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em:. Acesso em: 14 ago. 2018.
Vianna, Hermano (1990). Funk e cultura popular carioca. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 6, p. 244-253.
Vianna, Hermano (1988). O mundo funk carioca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Vianna, Hermano (1987). O Baile Funk Carioca: Festas e Estilos de Vida Metropolitanos. Dissertação de Mestrado: PPGAS/UFRJ.
Becker, Howard S (1982). Art Worlds. Berkeley University of California Press.
Burnim, Mellonee V. e Maultsby, Portia K (2015). African American Music: an introduction. Second edition: New York and London, Routledge.
Cáceres, Guillermo; Ferrari, Lucas; Palombini, Carlos (2014). A Era Lula/Tamborzão política e sonoridade. Rev. Inst. Estud. Bras., São Paulo, n. 58, p. 157-207, June 2014 . Available from
Caetano, Mariana Gomes (2015). My pussy é o poder. Representação feminina através do funk: idenitidade, feminismo e indústria cultural. Dissertação (Mestrado em Cultura e Territorialidades) - Universidade Federal Fluminense.
Cecchetto, Fátima Regina (1997). Galeras funk carioca: o baile e a rixa. Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Cymrot, Danilo (2011). A criminalização do funk sob a perspectiva da teoria crítica. Dissertação (Mestrado em Direito Penal) - Faculdade de Direito, University of São Paulo, São Paulo, 2011. doi:10.11606/D.2.2016.tde-26082016-134709. Acesso em: 2019-08-11.
Essinger, Silvio (2005). Batidão: uma história do funk. Rio de Janeiro: Ed. Record.
Facina, Adriana (2013). Quem tem medo do "proibidão"?. In: Carlos Bruce Batista. (Org.). Tamborzão: olhares sobre a criminalização do funk. 1aed.Rio de Janeiro: Revan, p. 51-71.
Facina, Adriana; Lopes, Adriana Carvalho (2012). Cidade do funk: expressões da diáspora negra nas favelas cariocas. Revista do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, v. 6, p. 193-206.
Facina, Adriana; Passos, Pâmella (2018). Funk pacificado? Reflexões sobre a implementação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e seus impactos culturais. In: PELE, Antonio; CITTADINO, Gisele; MASBERNAT, Patricio; GASPERÍN, Rafael Modesto de. (Org.). Direitos humanos e neoliberalismo. 1ed.Rio de Janeiro: Lumen Juris.
Guimarães, Maria Eloísa (1995). Escola, galeras e narcotráfico. Tese de doutorado apresentada na PUC-RJ. Rio de Janeiro.
Herschmann, MicaeI (Org.)(2000; 2 ed., 2005). O funk e o hip-hop invadem a cena. Rio de Janeiro: UFRJ.
Herschmann, MicaeI (1998). Invadindo a cena urbana nos anos 90 - Funk e Hip-Hop: globalização, violência e estilos de vida juvenis na cultura brasileira contemporânea. Tese de Doutorado no PPGCOM-UFRJ. Rio de Janeiro.
Herschmann, MicaeI (1997) Abalando os anos 90: funk e hip-hop, globalização, violência e estilo cultural. Rio de Janeiro: Rocco.
Júnior, José Davison da Silva (2012). Ensino e Aprendizagem Musical com idosos: situação do campo no Banco De Teses Da Capes. In: Anais do II SIMPOM - Simpósio Brasileiro de Pós-graduandos em Música, UNIRIO.
Laignier, Pablo Cezar (2013). Do funk fluminense ao funk nacional: o grito comunicacional de favelas e subúrbios do Rio de Janeiro. Tese de Doutorado, Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro - ECO/UFRJ.
Lopes, Adriana Carvalho (2010). "Funk-se quem quiser" no batidão negro da cidade carioca. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, SP.
Lopes, Adriana Carvalho (2008). Funk e voto: um relato sobre a arte nas fronteiras da cidadania. Revista Polêmica, v. 7, p. 152-156.
Lopes, Mariana Louback (2017). Glamourosas: funk, feminismos e direito. TCC (Monografia) de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro.
Macedo, Suzana (2003). DJ Marlboro na terra do funk- Bailes, bondes, galeras e MCs. Rio de Janeiro: Dantes Livraria e Editora.
Martins, Gilberto de Andrade (2000). Manual para Elaboração de Monografias e Dissertações. 2. ed. São Paulo: Atlas.
Moutinho, Renan Ribeiro (2020). “Bota o tambor pra tocar/geral no embalo, esse batuque é funk”: processos afrodiaspóricos de organização sonora no funk carioca. 2020. Tese (Doutorado em Música) – Programa de Pós-Graduação em Música, Centro de Letras e Artes, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
Miranda, Gabriela (2011). Do Funk Carioca ao Baile Funk: questões sobre world music 2.0 e funk carioca. Niterói: III Encontro de pesquisadores em comunicação e música popular.
Mizrahi, Mylene (2010). A estética funk carioca: criação e conectividade em Mr. Catra. Tese (Doutorado em Sociologia e Antropologia). IFCS/UFRJ. Rio de Janeiro.
Pedro, T. M. G (2015). Funk Brasileiro: Música, Comunicação e Cultura. Mestrado em Comunicação e Semiótica. PUC-SP, São Paulo.
Oliveira, Luciana Xavier de (2018). A cena musical da Black Rio: estilos e mediações nos bailes soul dos anos 1970. – Salvador: EDUFBA.
Palombini, Carlos (2009). Soul brasileiro e funk carioca. Opus, Goiânia, v. 15, n. 1.
Palombini, Carlos (2008). Música dançante africana norte-americana, soul brasileiro e funk carioca. Seminário Música Ciência e Tecnologia. Eca USP, São Paulo.
Paula, L (2007). O SLA Funk de Fernanda Abreu. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista – UNESP, Araraquara.
Ribeiro, Erika Minas (2018). História Oral e História do Funk na Escola. Dissertação (Mestrado em Mestrado Profissional em Ensino de História) - Universidade Federal Fluminense.
Russano, Rodrigo (2006). “Bota o fuzil pra cantar!” O funk proibido no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – Centro de Letras e Artes.
Sá, Simone (2007). “Funk carioca: música eletrônica popular brasileira?!” Trabalho submetido ao GT Mídia e Entretenimento, XVI COMPÓS, UTP, Curitiba.
Salles, Lúcia (Org.)(1996). DJ Marlboro: o funk no Brasil - por ele mesmo. Rio de Janeiro: Mauad.
Severiano, Jairo (2008). Uma história da música popular brasileira: das origens à modernidade. São Paulo: Editora 34.
Sousa, Rafael Lopes de (2009). O movimento hip hop: a anti-cordialidade da "Republica dos Manos" e a estética da violência. 236 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas, Campinas, SP. Disponível em:
Vianna, Hermano (1990). Funk e cultura popular carioca. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 3, n. 6, p. 244-253.
Vianna, Hermano (1988). O mundo funk carioca. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
Vianna, Hermano (1987). O Baile Funk Carioca: Festas e Estilos de Vida Metropolitanos. Dissertação de Mestrado: PPGAS/UFRJ.
Publicado
2021-10-14
Como Citar
Ribeiro Moutinho, R. (2021). Do baile ao funk carioca: tensões e reflexões no estado da arte dos estudos sobre o funk carioca entre as décadas de 1980 a 2000. El oído Pensante, 9(2). https://doi.org/10.34096/oidopensante.v9n2.10001
Seção
Artigos
