Sonoridades subterrâneas: uma etnografia dos músicos de metrô da cidade de Buenos Aires

  • Facundo Petit de Murat
  • Nahuel Vicente Carlos Potenza
Palavras-chave: sonoridade, músicos, metrô da cidade de Buenos Aires, antropologia do som, geografia crítica

Resumo

O metrô da cidade de Buenos Aires tem como característica distintiva a presença de centenas de músicos que, dia a dia, compõem a sonoridade desse espaço. Este artigo ensaia uma exploração etnográfica desses sujeitos em diferentes linhas, com foco na linha H, pois é a mais recente e na qual mais músicos atuam. Tomando como ferramentas interpretativas as contribuições da geografia crítica e da antropologia do som, discutimos as disputas que ocorrem no espaço sonoro urbano. Nesse sentido, a intenção do governo de Buenos Aires de modificar o Código Contravencional surge como um aspecto inescapável para compreender as implicações sociais de reunir as expressões acústicas da esfera pública sob o conceito de “ruídos irritantes”. Os músicos de metrô têm um modo de organização informal que se sobrepõe à formalidade imposta pelo Estado. Por esta razão, consideramos a reforma como um meio no qual se pretende ordenar esses pontos de fuga na sonoridade dos espaços.

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Publicado
2019-08-01
Como Citar
Petit de Murat, F., & Potenza, N. V. C. (2019). Sonoridades subterrâneas: uma etnografia dos músicos de metrô da cidade de Buenos Aires. El oído Pensante, 7(2). Recuperado de http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7561