“Vanguarda” e “retaguarda” musical em Cuba: histórias e controvérsias históricas (1961-1971)

  • Yurima Blanco García Universidad de Valladolid
  • Ailer Pérez Gómez Centro de Investigación y Desarrollo de la Música Cubana
Palavras-chave: música de vanguarda; retaguarda; compositores; Revolução Cubana; crítica

Resumo

Este trabalho parte de uma pergunta: qual tem sido o relato historiográfico da vanguarda musical cubana e suas controvérsias? O objetivo é definir as tensões que ocorreram na criação musical no início da Revolução cubana, examinando as fontes historiográficas assinadas por seus protagonistas. A vanguarda musical em Cuba está localizada no contexto incipiente da Revolução e foi inicialmente liderada por Juan Blanco (1919-2008) e Leo Brouwer (1939). Esse movimento destacou-se não apenas pela inovação técnica, estética e social de sua proposta, mas também transformou-se em uma elite artística e ideológica. Ao mesmo tempo, houve outro discurso no terreno composicional e crítico, qualificado como “retaguarda musical” (Martín, 1971) e, portanto, adiado no reconhecimento e na visibilidade de seus criadores. A referência documental é baseada na análise de publicações onde compositores debateram de forma decorrente entre 1961 e 1971, como La Gaceta de Cuba e o boletim Mensages (UNEAC). O artigo propõe uma reflexão sobre quatro eixos centrais identificados nesta controvérsia: a definição de “nova música”, o confronto entre “vanguarda” e “retaguarda musical”, o compromisso político dos compositores e a valorização do público.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Publicado
2020-08-06
Como Citar
Blanco García, Y., & Pérez Gómez, A. (2020). “Vanguarda” e “retaguarda” musical em Cuba: histórias e controvérsias históricas (1961-1971) . El oído Pensante, 8(2). https://doi.org/10.34096/oidopensante.v8n2.8062