“Ainda não”: Zama, um crioulo, um índio

  • Byron Vélez Escallón
Palavras-chave: Zama, literatura latino-americana, alegoria, diferença colonial, teoria marxista da dependência.

Resumo

O protagonista de Zama (1956) evolui “para trás”: ao longo da progressão da narrativa ele vai da fama ao rebaixamento, do rebaixamento à miséria, da miséria à mutilação. Essa regressão, que está entre os principais procedimentos alegóricos do romance, encontra-se também em suas esferas taxonômicas e onomásticas, mas talvez seu corolário mais expressivo seja a sobrevivência da encomienda no Paraguai das postrimerías do século XVIII. Este trabalho traça a referida regressão e a lê como análoga à dependência latino-americana, concentrando sua atenção na relação do protagonista com três figuras que, de forma evidente, encarnam aspectos e contradições do próprio Zama: Ventura Prieto, Manuel Fernández e Vicuña Porto. Nas seções subsequentes, essa regressão é associada ao “arrobamiento” americano do protagonista e, por fim, ao contexto de dependência contemporâneo ao romance.

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Publicado
2022-12-18
Como Citar
Vélez Escallón , B. (2022). “Ainda não”: Zama, um crioulo, um índio. Zama. Revista Del Instituto De Literatura Hispanoamericana, (14). https://doi.org/10.34096/zama.a.n14.12350
Seção
Dossier: Ensayos críticos