O tratamento como palimpsesto. Quando a medicalização transforma se em critica politicamente correta

  • María Epele CONICET - IIGG- FSOC, UBA
Palavras-chave: Medicalização, Tratamentos, Trato, Crises, Palimpsesto

Resumo

Várias revisões e reformulações sobre a medicalização a partir de sua definição na década de 70 revelaram seu caráter múltiplo e diverso, bem como suas características diferentes de acordo com o sexo, idade, grupo étnico, classe social e localização geopolítica das populações consideradas. O objetivo deste trabalho é analisar, através da relação entre o tratamento e o trato em um contexto de crise, certos aspectos do processo de medicalização em países que estão por fora da esfera euramericana. De forma mais específica e baseado na noção de trato, os processos de elaboração dos "novos" tratamentos sobre "novos" problemas para o ritmo acelerado de condições de emergência, mostram seu caráter de montagem entre diversos modos especialistas e leigos de tratar. A noção de palimpsesto permite modelar esses tratamentos como uma montagem entre fragmentos heterogêneos, que correspondem a diferentes regimes de verdade-autoridade, genealogias e cronologias. Finalmente, abordar o avanço dos sistemas especialistas sobre "novos problemas", através da noção de palimpsesto promove, por sua vez, o questionamento da linearidade, homogeneidade, universalidade da medicalização e a revisão de seu estatuto crítico.

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Biografia do Autor

María Epele, CONICET - IIGG- FSOC, UBA
Investigadora CONICET (IIGG/FSOC-UBA), profesora UBA y FLACSO
Publicado
2013-12-15
Como Citar
Epele, M. (2013). O tratamento como palimpsesto. Quando a medicalização transforma se em critica politicamente correta. Cuadernos De antropología Social, (38), 7-31. https://doi.org/10.34096/cas.i38.1326
Seção
Espacio Abierto - Artículos Originales