Depois da massacre: a memória como conhecimento histórico

  • Myrriam Jimeno Universidad Nacional de Colombia
Palavras-chave: Etnografia, Memória, Violencia, V ítimas, Recomposição social

Resumo

Para que reviver experiências de violência? Por que perguntamos, os antropólogos sobre relatos de dor? A etnografia consegue ser uma ferramenta que ajude para a reconstrução    pessoal e coletiva em sociedades que viveram situações traumáticas? Desde que ponto de vista se constrói a memória de eventos traumáticos e como ela se insere na narrativa da memória nos jogos de poder e subordinação, por uma parte, e a contra-hegemonia assim como a auto-afirmação pela outra? Essas questões são abordadas através da reflexão sobre a ocorrência de uma massacre acontecida na Colômbia durante o ano 2001: a chacina de Naya. Nesse texto se reconstrói a utilização de uma aproximação etnográfica com o intuito de entender a maneira em que um grupo de pessoas afetadas por este fato refaz o sentido da vida e inscreve o acontecido em determinados referentes cognitivos e emocionais. Neste processo, a pratica de indagação do antropólogo vai além de ser um meio de recuperação do passado para se volver parte da ação da reconstrução. Isto acontece pela relação que estabelece-se entre o antropólogo e o sujeito de estudo: um vínculo recíproco social e afetivo que projeta-se na ação social dos uns e dos outros. 

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Biografia do Autor

Myrriam Jimeno, Universidad Nacional de Colombia
Profesora titular Universidad Nacional de Colombia
Como Citar
Jimeno, M. (1). Depois da massacre: a memória como conhecimento histórico. Cuadernos De antropología Social, (33), 39-52. https://doi.org/10.34096/cas.i33.1416
Seção
Espacio Abierto - Artículos Originales