Uma universidade para o bem comum
Resumo
A fortuna da antropologia e da universidade sempre estiveram intimamente ligadas. A universidade do Iluminismo estava comprometida com o progresso humano universal, assim como a antropologia que cresceu dentro dela. Mas tanto a universidade quanto a antropologia foram igualmente cúmplices no projeto de subjugação colonial. Hoje, com o colapso iminente do modelo iluminista de produção de conhecimento, o desafio é redirecionar a universidade para se alinhar mais com a sustentabilidade do que com o progresso. Que papel a antropologia pode desempenhar para concretizar isso? Este capítulo descreve princípios comuns à antropologia e à universidade do futuro. Estes incluem: liberdade, realizada em um espírito de companheirismo em vez de excepcionalidade acadêmica; decolonialidade, entendida como um processo que desvincula a educação da modernidade e da colonialidade; multiversalidade, como um compromisso com um mundo de diferença, no entanto, infinita; pesquisa, como a busca da verdade por meio da curiosidade e do cuidado; amadorismo, significando a sabedoria como um trabalho de amor; e uma disciplinaridade nômade que vincula múltiplas linhas de interesse. O capítulo conclui ao retomar a ideia de educação como o fazer do comum. Como a universidade do futuro pode servir ao bem comum? Como ela pode curar a ruptura entre educação e democracia?Downloads
Copyright (c) 2024 Tim Ingold
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