Da patrimonialização do hip-hop ao surgimento do rap indígena no Brasil: encontros entre o massivo e o vernáculo

  • Ferdinando Alfonso Armenta Iruretagoyena

Resumo

O rótulo de “hip-hop” remete para uma extensa variedade de agentes, expressões e produtos culturais; trata-se de uma das identidades urbanas mais populares ao redor do mundo. Uma maneira de compreender a sua diversidade é distinguir duas vertentes: o movimento cultural e a indústria da música. Com base na ideia de que elas não são necessariamente excludentes, vou relacionar dois processos” que mostram a atual importância do hip-hop como ferramenta de organização política. Refiro-me, por um lado, à declaração do hip-hop como Patrimônio Cultural Imaterial do estado do Rio de Janeiro em 2017 e, por outro lado, à recente formação de grupos de guarani-rap no Brasil. No primeiro caso, fundamento-me na revisão de uma série de documentos legais, como audiências públicas, notas de imprensa e o que é estipulado pela lei em questão. Para o segundo, recuperarei alguns registros das práticas midiáticas de um grupo de rap guarani do sul do Brasil, bem como os conteúdos que outros grupos publicam através da mídia digital. Finalmente, aplico o conceito de “articulação” de Stuart Hall e dos popular music studies para estabelecer conexões entre os dois movimentos.

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Publicado
2018-08-01
Como Citar
Armenta Iruretagoyena, F. A. (2018). Da patrimonialização do hip-hop ao surgimento do rap indígena no Brasil: encontros entre o massivo e o vernáculo. El oído Pensante, 6(2). Recuperado de http://revistascientificas.filo.uba.ar/index.php/oidopensante/article/view/7485