Encontros, discussões e desafios no trabalho antropológico contemporâneo
(Sobre a Primeira Conferência Nacional de Migração e Refúgio)
Resumo
Entre os anos 2014 e 2016 acompanhei as demandas de ativistas pelos direitos dos migrantes –pessoas de congregações religiosas, de organizações não governamentais, de movimentos de imigrantes e pesquisadores– em Porto Alegre e San Pablo. No final de maio de 2014, foi realizada nessa cidade a Primeira Conferência Nacional sobre Migração e Refúgio. Este artigo retoma cenas do meu trabalho de campo no Brasil relacionado à Conferência, para revelar algumas formas de trabalho antropológico em meio às práticas institucionais. Entendendo essas práticas como tecnologias de controle, defendo que há duas formas de fazer e pensar as políticas migratórias: a encarnada pela Conferência Nacional e a encarnada pelos migrantes e refugiados que vivem no centro de San Pablo. Dois modos de luta que apresentam diferentes tensões e desafios no trabalho antropológico.Downloads
Referências
Domenech, E. (2013). Las migraciones son como el agua: Hacia la instauración de políticas de "control con rostro humano": La gobernabilidad migratoria en la Argentina. Polis. Revista Latinoamericana, 12(35), 119-142. Recuperado de https://journals.openedition.org/polis/9280
Estalella, A. y Corsín Jiménez, A. (2013). Asambleas al aire: La arquitectura ambulatoria de una política en suspensión. Revista de Antropología Experimental, 13. Volumen monográfico: Etnografías de la indignación, 73-88.
Feldman-Bianco, B. (2016). Memórias de luta: Brasileiros no Exterior (1993-2010). Remhu-Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 24(48), 45-61. Recuperado de http://www.redalyc.org/pdf/4070/407048610004.pdf
Fonseca, C. y Cardarello, A. (1999). Direitos dos mais e menos humanos. Horizontes antropológicos, 5(10), 83-121.
Franzé, A. M. (2013). Perspectivas antropológicas y etnográficas de las políticas públicas. Revista de Antropología Social, 22, 9-23. Recuperado de https://revistas.ucm.es/index.php/RASO/article/view/43771
Gatti, G. (2016). El misterioso encanto de las víctimas. Revista de Estudios Sociales, 56(1), 117-120. Recuperado de https://revistas.uniandes.edu.co/doi/full/10.7440/res56.2016.09
Gavazzo, N. (2016). Música y danza como espacios de participación de los jóvenes hijos de migrantes bolivianos y paraguayos en buenos aires (argentina). Revista del Museo de Anropología, 9(1), 83-94.
Jardim, D. (2013). Os Direitos Humanos dos imigrantes: Reconfigurações normativas dos debates sobre imigrações no Brasil contemporâneo. Densidades, 14, 67-85. Recuperado de http://denisejardim.wixsite.com/antropologa/articles
Jardim, D. (2017). Imigrantes o refugiados? Tecnologias de controle e as fronteiras. Jundial: Paco Editorial.
Magliano, M. J. y Clavijo, J. (2013). La OIM como trafficking solver para la región sudamericana: sentidos de las nuevas estrategias de control migratorio. En G. Kasarik (Org.), Migraciones internacionales: reflexiones y estudios sobre la movilidad territorial contemporánea (pp. 129-148). Buenos Aires: Fundación Ciccus.
Mansur Dias, G. y Sprandel, M, (2011), Reflexões sobre políticas para migrações e tráfico de pessoas no Brasil. Remhu - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 37, 59-77.
Mitchell, T. (2006). Society, Economy and the State Effect. En: Sharma, A. y Gupta, A. (Eds.), The Anthropology of the State: a reader (pp. 169-186). Oxford: Blackwell Publishing.
Piscitelli, A. (2008). Entre as "mafias" e a "ajuda": a construção de conhecimento sobre tráfico de pessoas. Cadernos Pagu. São Paulo, n. 31, 29-63.
Piscitelli, A. y Lowenkron, L. (2015). Categorias em movimento: a gestão de vítimas do tráfico de pessoas na Espanha e no Brasil. Ciência e Cultura, 2(67), 35-39.
Quirós, J. (2014). Etnografiar mundos vívidos. Desafíos de trabajo de campo, escritura y enseñanza en antropología. Publicar en Antropología y Ciencias Sociales, 17, 47-65. Recuperado de http://hdl.handle.net/11336/50883
Sharma, A.; Gupta, A (2006). Rethinking Theories of The State in the Age of Globalization. En: Sharma, A. y Gupta, A. (Eds.), The Anthropology of the State: a reader (pp. 1-41). Oxford: Blackwell Publishing.
Schindel, E. (2016). Migrantes y refugiados en las fronteras de Europa. Cualificación por el sufrimiento, nuda vida y agencias paradójicas. Revista de Estudios Sociales, 59, 16-29.
Spivak, G. (1988) "Can the Subaltern Speak?" Marxism and the Interpretation of Culture. Eds. Cary Nelson and Lawrence Grossberg. Urbana: U of Illinois.
Sprandel, M. A. y Mansur Dias, G. (2010). A temática do tráfico de pessoas no contexto brasileiro. Remhu - Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, 35, 155-170.
Runa, archivos para las ciencias é uma publicação do Instituto de Ciencias Antropológicas, Facultad de Filosofía y Letras, Universidad de Buenos Aires e é distribuída sob o título Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Runa mantém o seu compromisso com as políticas de Acesso Aberto à informação científica, considerando que tanto as publicações científicas como a investigação financiada com fundos públicos devem circular livremente na Internet, gratuitamente e sem restrições.
Os conteúdos e opiniões expressos nos artigos publicados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores.