É possível conservar uma Salamanca? Reflexões sobre arqueologia, conservação e usos locais do patrimonio de uma caverna com arte rupestre de Catamarca.

  • Lucas Gheco
  • Melisa Rodriguez Oviedo Universidad Nacional de Córdoba, Facultad de Filosofía y Humanidades, Instituto de Antropología de Córdoba (IDACOR)
  • Marcos Gastaldi
  • Marcos Quesada
Palavras-chave: Patrimônio; Conservação; Arte rupestre; Perspectivismo; Salamanca; Arqueologia

Resumo

Este trabalho enfoca uma caverna com arte rupestre localizada na província de Catamarca, no noroeste da Argentina. Mas o referido abrigo rochoso é muito mais do que um sítio arqueológico; é também uma salamanca poderosa, evento / local de aquisição de dons extraordinários através de pactos diabólicos. Diante desse estudo de caso paradigmático, nos perguntamos: é possível manter uma Salamanca? Com base nessa questão e na nossa experiência particular de visita à caverna, este trabalho tem como objetivo discutir e refletir sobre a abrangência, tensões e disputas em torno das noções de patrimônio e conservação, mas também sobre os efeitos no trabalho de campo. Como devemos agir, como arqueólogos, diante das implicações jurídicas da proteção do “sítio arqueológico”? É possível conciliar essas ações de conservação / restauração com os usos atuais da caverna? Até que ponto o abrigo é apenas um "sítio arqueológico"? Envolvidos nessas questões, ao longo deste ensaio apresentamos alguns pontos problemáticos onde se cruzam a conservação, a arqueologia e os usos locais do patrimônio.

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Publicado
2022-01-15
Como Citar
Gheco, L., Oviedo, M. R., Gastaldi, M., & Quesada, M. (2022). É possível conservar uma Salamanca? Reflexões sobre arqueologia, conservação e usos locais do patrimonio de uma caverna com arte rupestre de Catamarca. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 43(1), 307-325. https://doi.org/10.34096/runa.v43i1.10063

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