Além da apropriação criminosa de crianças: o surgimento de organizações de pessoas “adotadas” que procuram sua “identidade biológica” na Argentina

  • Soledad Gesteira Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires
Palavras-chave: Identidade, Direitos, Organizações de pessoas adotadas, Abuelas de Plaza de Mayo, Estado

Resumo

Este artigo analisa o surgimento das organizações de pessoas adotadas e/ou registradas ilegalmente, que procuram a sua “identidade biológica” na Argentina e reivindicam do Estado a garantia formal do “Direito à Identidade”. Esta análise se debruça sobre o impacto que a problematização da apropriação criminosa de crianças na Argentina causou, levando em consideração o empenho das Avós da Plaza de Mayo na busca de seus netos/as, que foram sequestrados durante a última ditadura militar nesse país (1976-1983). O surgimento dessas associações de pessoas “adotadas” no início dos anos 2000 supôs a retomada e a extensão dos sentidos associados, até aquele momento, ao Direito à Identidade. A incorporação dos termos “biológica”, “de origem”, e “verdadeira” por essas organizações, para caracterizar a “identidade”, aponta para o significado, definição e precisão dos seus problemas, diferentes e também semelhantes das Avós.

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Biografia do Autor

Soledad Gesteira, Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires
Profesora en Ciencias Antropológicas y Magister en Antropología Social de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires. Becaria doctoral de CONICET
Como Citar
Gesteira, S. (1). Além da apropriação criminosa de crianças: o surgimento de organizações de pessoas “adotadas” que procuram sua “identidade biológica” na Argentina. RUNA, Archivo Para Las Ciencias Del Hombre, 35(1), 61-76. https://doi.org/10.34096/runa.v35i1.604
Seção
Espaço aberto - Artigos originais