Por traz das pegadas do silencio: Potosí, os Incas e o Toledo
Resumo
Por que os senhores aymaras de Charcas e o Inca Paullo, depois de entregar as minas de prata de Porco a Hernando Pizarro em 1538, ficaram em silencio em relação ao Potosí (distante a umas poucas léguas) que não foi descoberta até abril de 1545? Resumindo um mosaico de dados aparentemente sem conexão, este artigo revisa as versões correntes em relação à descoberta do morro e se questiona em relação ao curioso silêncio presente nas fontes. Reconstruindo uma rede antes desconhecida de incas e espanhóis, a proposta é que, mais que a descoberta providencial de um yanacona isolado (a versão recebida), Potosí manifestou-se como a continuação da política de “obediência” subjacente na entrega de Porco, então dirigida pelo rival do Inca Paullo: o Inca Manco, refugiado em Vilcabamba. Essa política do Manco tinha como intuito apoiar ao Rey e ás Nuevas Leyes (1542) em contra da maior ameaça representada por Gonzalo Pizarro e os encomenderos. Este artigo comenta, também, a promoção toledana da “leyenda providencial”, mas considerando a interpretação de Guaman Poma em relação à entrega de Potosí como uma iniciativa dos incas, os quais.... Esta versão concorda com as últimas pesquisas geológicas e arqueológicas.Downloads
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