Ensinar gramática e o politicamente incorreto

  • Cintia Carrio
Palavras-chave: escolaridade, ensino de idiomas variação linguística, série didática

Resumo

A discussão sobre o ensino da gramática não é nova na Argentina. O desaparecimento do ensino da gramática tem sido proclamado de forma errática desde os fundamentos da Lei Federal de Educação do período menemista, mesmo quando os mesmos conteúdos gramaticais foram recuperados nos Conteúdos Básicos Comuns. Embora o discurso antigramatical (oracional) estivesse profundamente enraizado nas escolas em decorrência da oferta do mercado editorial, havia muitas vozes na academia que contra-argumentavam essa posição. As discussões didáticas no país têm sido sólidas e até propositivas, por isso vale a pena analisar as razões de sua persistência, levando em conta o diagnóstico das salas de aula e correndo o risco de ser politicamente incorreto. Neste artigo, revisamos momentos relevantes que constituem a discussão sobre o ensino da gramática de frases na Argentina; revisamos o que supomos ser as bases necessárias para uma mudança na forma de encarar o problema da área de linguagem nas escolas; e refletimos sobre a importância de incluir variedades não-padrão nas aulas de linguagem para dar sentido ao que supomos ser o objetivo da área: aprender a pensar na linguagem e com a linguagem.

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Publicado
2024-12-23
Como Citar
Carrio, C. (2024). Ensinar gramática e o politicamente incorreto. Signo Y seña, (46). https://doi.org/10.34096/sys.n46.15230
Seção
Dossier