Pensar a modernidade/colonialidade em Guarani (XVI-XVIII)

  • Capucine Boidin Instituto de Altos Estudios de América Latina de Paris IHEAL (Universidad Sorbonne Nouvelle-USPC).
Palavras-chave: Guaraní, Missões, Arte verbal, Cosmopolítica, História conceitual

Resumo

As línguas gerais ameríndias foram línguas modernas/coloniais através das quais se forjaram e expressaram sujeitos guaranía modernos/coloniais. As primeiras transcrições de discursos políticos em tupi-guarani feitas pelos missionários (séculos XVI-XVII), assim como certas cartas que escreveram as mesmas autoridades indígenas das missões (séculos XVIII-XIX), permitem analisar seus vocabulários, argumentos e estilos. Todavia permanecendo as mesmas palavras, seus efeitos de significação e seus equivalentes de tradução variaram segundo os textos y contextos. No entanto os argumentos (ratio) foram diferentes, certas artes verbais tradicionais (oratio) reinventaram-se em contextos coloniais. Dentro das missões, as autoridades políticas indígenas, familiarizadas com os argumentos e vocabulários católicos e monárquicos, cultivaram a sua eloquência tanto oral como pela escrita em espaços dedicados à política (Cabildos), assim que os jesuítas incorporaram nos seus sermões religiosos algumas das características formais das artes verbais tupis-guaranis.

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Biografia do Autor

Capucine Boidin, Instituto de Altos Estudios de América Latina de Paris IHEAL (Universidad Sorbonne Nouvelle-USPC).
Doctora en Antropología, Universidad París X Nanterre. Profesora e investigadora en el Instituto de Altos Estudios de América Latina de Paris IHEAL (Universidad Sorbonne Nouvelle-USPC). Paris, Francia.
Publicado
2016-12-19
Como Citar
Boidin, C. (2016). Pensar a modernidade/colonialidade em Guarani (XVI-XVIII). Cuadernos De antropología Social, (44), 7-25. https://doi.org/10.34096/cas.i44.3577
Seção
Espacio Abierto - Artículos Originales