A batalha de muitos, o glamour de poucos
Esports, materialidades e gambiarra em Free Fire
Resumo
Este artigo debate as formas, os usos e os meios pelos quais os jogadores brasileiros de Free Fire pensam e jogam mediante seus aparelhos smartphones. A partir de uma etnografia construída de 2020 a 2023 por nove cidades do Brasil, discute-se as interações espaciais, materiais e corpóreas-tecnológicas utilizadas para apoiar a fruição da experiência competitiva daqueles que jogam sob outras estruturas de saber-poder. Por meio da escuta de histórias subalternas contadas por dez jogadores de diferentes contextos e regiões do Brasil, a descrição densa das intervenções colocadas em prática durante suas tentativas de profissionalização expande as complexidades sobre os videogames, os esports e a forma como são jogados em dispositivos móveis.Downloads
Referências
Apperley, T. e Jayemane, D. (2017). A Virada Material dos Game Studies. Lumina, 11, 1-24.
Biondi, K. (2011). Um mundo de “considerações”: Alguns apontamentos sobre relações de força no trabalho de campo. Em C. Barreira, L. Sá e J. Aquino (Orgs.), Violência e dilemas civilizatórios – as práticas de punição e extermínio (p. 129-146). Campinas: Pontes Editores.
Biondi, K. (2014). Etnografia no movimento: território, hierarquia e lei no PCC. (tese de doutorado), Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, Brasil.
Boellstorff, T. (2006). A Ludicrous Discipline? Ethnography and Game Studies. Games and Culture, , i, 29-35.
Fragoso, S. (2004). As Múltiplas Faces da Exclusão Digital. Ícone, 6, 110-122.
Fragoso, S. (2017). Materialidades do Gameplay: uma abordagem comunicacional de situações de jogo. (projeto de Pesquisa apresentado à Chamada CNPq 12/2017 – Bolsas de Produtividade em Pesquisa), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil.
Girardi, L. (2015). Estruturas e dinâmicas espaciais da organização da internet no território brasileiro. Confins, 23, on-line.
Goggin, G. (2009). Adapting the mobile phone: The iPhone and its consumption. Continuum, 23, 231-244.
Gómez-Cruz, E., Ricaurte, P. e Siles, I. (2023). Descolonizando los métodos para estudiar la cultura digital: Una propuesta desde Latinoamérica. Cuadernos.info, 54, 160-181.
Henare, A., Holbraad, M. e Wastell, S. (Eds.). (2007). Thinking through things: theorising artefacts etnographically. New York: Routledge.
Ingraham, C. e Grandinetti, J. (2023). The privilege of taken for grantedness: On precarity and mobile media. New Media & Society, 25, 756-775.
Kittler, F. (1999). Gramophone, Film, Typewriter. Stanford: Stanford University Press.
Latour, B. (2005). Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network Theory. Oxford: Oxford University Press.
Messias, J. (2020). Gambiarra como mediação. E-Compós, 23, 1-25.
Messias, J., Amaral, D. e Oliveira, T. (2019). Playing Beyond Precariousness: The Political Dimension of Brazilian Modding in Pro Evolution Soccer. Em: P. Penix-Tadsen (Ed.), Video Games and the Global South (p. 75-86). Pittsburgh: ETC Press.
Miller, D. (2005). Materiality. London: Duke University Press.
Miller, D. (2013). Trecos, Troços e coisas: Estudos antropo. lógicos sobre a cultura material. Rio de Janeiro: Zahar.
Motta, M. (2013). Geografia dos domínios de Internet no Brasil. Revista Brasileira de Inovação, 12, 311-344.
Pallitt, N., Venter, A. e Koloko, M. (2019). Whose “Game Culture” Is It, Anyway? Exploring Children’s Gameplay across Cape Town. Em: P. Penix-Tadsen (ed.), Video Games and the Global South (p. 269-284). Pittsburgh: ETC Press.
Taylor, N. (2015). Professional Gaming. Em: R. Mansell e P. Ang (Eds.), The International Encyclopedia of Digital Communication and Society (p. 987-990). London: Wiley Blackwell, 2015.
Taylor, T. (2009). The Assemblage of Play. Games and Culture, 4, 331-339.
Taylor, T. (2012). Raising the Stakes: E-Sports and the Professionalization of Computer Gaming. Cambridge: MIT Press.
Taylor, T. (2022). Ethnography as Play. American Journal of Play, 14, 33-57.
Vicentin, D. (2008). A Mobilidade como Artigo de Consumo: Apontamento sobre as relações com o aparelho celular. (dissertação de mestrado), Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil.
Copyright (c) 2025 Tarcízio Macedo

This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Esta obra está bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional
Cuadernos de Antropología Social sostiene su compromiso con las políticas de Acceso Abierto a la información científica, al considerar que tanto las publicaciones científicas como las investigaciones financiadas con fondos públicos deben circular en Internet en forma libre, gratuita y sin restricciones.
Los contenidos y opiniones expresadas en los artículos publicados son de entera responsabilidad de sus autores.
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
- Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, bajo la licencia de atribución de Creative Commons, que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
- Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.